sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Fuck You & Bad Night

Erros,erros,às vezes parece que isso é tudo de que sou capaz...

Desejei. Até fechei os olhos, dei o melhor que eu tenho em mim. Do que adiantavam as minhas palavras? Ou o quanto eu supliquei e quis. Sua pele estava vazia para o beijo e novamente era um belo sonho...Além de impossível.
O Silêncio era a maior tentação. Entristesso só de recordar. Não disse absolutamente nada. Do que adiantaria? Era completamente inútil. Você era lindo até que eu pude enchergar através de você. Seu coração...estraga seu lindo rosto.

      ~~Boa sorte para ele.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Rick £opes diz:
*Não
*huashusa
*:]
*vc é um amor de pessoa.
*E muitas vezes sai prejudicada, por querer ajudar os outros
*e eles não compreenderem
*Mais tbm não podemos exigir que todo mundo seja compreesivo né.
*Cheguei a conclusão que compreensão é um talento, que poucos tem.

Eu só queria ouvir ele dizer: Tenho orgulho de você Filha.
Mas quem além de mim não tem um pai/mãe que compreende?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Clarice Lispector

"... Mas tantos defeitos tenho. Sou inquieta, ciumenta, áspera, desesperançosa. Embora amor dentro de mim eu tenha... Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas. ..."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

✩ 35 anos para ser feliz ✩

A maioria das pessoas, quando são questionadas sobre o assunto, dizem:
     "Não existe felicidade, existem apenas momentos felizes".
É o que eu pensava quando habitava a caverna dos 17 anos, para onde não voltaria nem puxada pelos cabelos. Era angústia, solidão, impasses e incertezas pra tudo quanto era lado, minimizados por um garden party de vez em quando, um campeonato de tênis, um feriadão em Garopaba. Os tais momentos felizes.


Adolescente é buzinado dia e noite: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar camisinha, dizer não às drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos. Não tem grana para ter o próprio canto, costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila. É o apocalipse. Felicidade, onde está você? Aqui, na casa dos 30 e sua vizinhança.



Está certo que surgem umas ruguinhas, umas mechas brancas e a barriga salienta-se, mas é um preço justo para o que se ganha em troca.



Pense bem: depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come e o que veste. Vira-se no inglês, no francês, no italiano e no iídiche, e aide quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo, enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila por uma Samsonite e não precisa da autorização de ninguém para assistir ao canal da Playboy. Talvez não tenha se tornado o bam-bam-bam que sonhou um dia, mas reconhece o rosto que vê no espelho, sabe de quem se trata e simpatiza com o cara.



Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões. A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes. Sai bem mais em conta.

Martha Medeiros


Ps.
Eu resolvi postar esse escrito porque me interessou muito,
adolecente tem mania de se achar muito preocupado
pelo fato de ser "super questionado" o tempo todo.
Se é errado? não.
Mas, a forma que se é aplicada, é que está errada.

Aqueles que chamam a atenção, percebem que já foram questionados também? já estiveram loucos com o vestibular, as aulas de inglês, a natação, as responsabilidades, as tarefas, ter que cuidar do parente, aqueles amores que você acha que é para vida toda, sem nem se dar conta de a vida "vida toda" ainda nem deu um arranque naquele ponto de partida.
Então, "Eu sendo uma garota habitante da caverna dos 18 anos" sei que a todo tempo há muitas desculpas, a muitas cobranças, a uma variedade imansa de rigidez e muita falta de diálogo. Não há só Filhos achando que Pais não entendem. Também há muitos Pais achando que seus Filhos não querem ouvir. 
Enfim, é muita dedução, pura dedução e falta de vontade de um entender o outro. A coisa mais perceptivel nas ruas é ver a garotada conversando MUITO sobre MUITAS coisas cada um com seu grupo de amizades, quando o que deveria ser naturalmente perceptivel é seria Pais e Filhos sendo amigos, conversando como em um grupo de amizades sobre MUITAS coisas, seria a base do começo de algum entendimento.
Eu sei que não trocaria meus 18 por 30 mesmo concordando com a
Martha que a vida parece bem melhor no seu belo argumento, faria sim, algumas boas viajens aos meus 5, espero realmente fazer proveito desses 18 que já estão indo, cheios de responsabilidades, desculpas, alguns atrasos, muito estudo, várias primeiras, muitas segundas numéricas vezes e sim felicidade.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Linda Rosa

Ingênua de vestido assusta, afasta-me do ego imposto, ouvinte claro, brilho no rosto, abandonada por falta de gosto. Escolha feita, inconsciente, pois dores são incapazes, e pobre desses rapazes que tentam lhe fazer feliz

Maria Gadú - Linda Rosa








Há muito mais ali,
além daquilo que os olhos podem ver.

A vida não é,
sorriso que se leva no rosto.

sábado, 16 de outubro de 2010

Será que é hoje que ele chega?

Estava lá, sentada como sempre naquele banco, como todas as outras vezes estava com o olhar fixo e as mãos crusadas como se esperasse que uma apoiasse a outra na busca de sentir alguma sustentação. Algo que ajudasse.

"Será que é hoje que ele chega?"
"Tenho certeza absoluta que é hoje que ele vem"

Eu tinha certeza ontem, anteontem, e tive essa mesma certeza desde sempre.
São incontáveis vezes sentada... esperando, esperei.


De repente, para minha surpresa, para surpreender a consciência com quem eu insistia em debater, dialogar enquanto esperava SEMPRE.
Ali estava, era ele...

"Pegue seus óculos Nani, coloque-os sobre seus olhos"

Encherguei. Diante de mim lá estava ele, segurando presente, esbanjando dentes, brilhando olhar.

"Ele me ama?"
Eu sei que ele consegue devorar todo o meu coração.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Depois de tanto tempo...

Não só tempo. Me Afastei daqui como de muitas outras coisas também.
Fui enumerando mil coisas, colocando mil obstáculos sobre muitas outras achando que isso iria melhorar outras mil e uma.

Nada mudou. Durante esse tempo todo fiquei achando que se a vida não estava caminhando corretamente só podia ser por falta de esforço meu.
Passei os dias tentando me posicionar de forma adequada, a maneira que parecem de pegar no meu pé, enumerando ações, reações e nas noites, resumindo os dias, tardes, as horas, semanas, meses, resumindo um ano que ainda nem chegou ao fim.
Parei. Acabou.
*Respira
Eu sinto que de nada adianta tentar fazer as coisas dessa forma, não adianta ficar rezando para que o sol suba ao céu de noite.

Então...



Eu estou de volta, fazendo tudo que eu gosto novamente, sem pensar, sem exitar, calcular ou escutar o que eu tenho que fazer.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Cidade sem ninguém

A Cidade sem ninguém

"N
esta cidade não havia ninguém.

Na cidade havia casa e janelas iluminadas.
Mas não havia ninguém nas ruas.
Olhei por uma das janelas tinha uma pessoa...
Mas ela estava com um deles. Olhei dentro de outra casa.
E a pessoa também estava com um deles.
Esta cidade é igual a todas as outras.
É divertido estar com um deles,
Mais divertido do que estar com outra pessoa.
Por isso, ninguém mais sai nas ruas.
Não há ninguém nesta cidade.
Eu farei uma jornada. Irei para outras cidades.
Eu queria que alguém me achasse. Alguém só para mim.
Mas, quando esse alguém só meu passar a gostar só de mim...
Será a hora de nossa separação.
Ainda assim eu quero achar alguém só para mim.
Pensando nisso, eu continuo vagando por outra cidade sem ninguém... "

Q
uem já assistiu o anime Chobits ou leu o mangá sabe que é um trecho do livro ''A cidade de ninguém'' o livro favorito da Chii
Meu trecho favorito também do livro, principalmente esse verso:

Eu queria que alguém me achasse. Alguém só para mim.


Leiam -> http://diegosantanadt.wordpress.com/2009/03/23/a-cidade-sem-ninguem/




PS. Ando sentindo tudo ao extremo, aquela vontade de fazer tudo que tem que ser feito, concluir coisas que só existem mesmo no pensamento. Estou absoluta, seletiva, chata, fresca, pedante demais pra escolher que acabo não escolhendo nada. CONFUSA ao extremo, é um amor de mãe comigo mesma que no ato só dificulta.


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Fernando Pessoa - Alvaro de Campos - Tabacaria

   

TABACARIA


Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada.


À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.


Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.


Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer, E não tivesse mais irmandade com as coisas


Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada De dentro da minha cabeça, E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.


Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu. Estou hoje dividido entre a lealdade que devo À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.


Falhei em tudo. Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada. A aprendizagem que me deram, Desci dela pela janela das traseiras da casa. Fui até ao campo com grandes propósitos. Mas lá encontrei só ervas e árvores, E quando havia gente era igual à outra. Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?


Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos! Gênio? Neste momento Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu, E a história não marcará, quem sabe?, nem um, Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras. Não, não creio em mim. Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas! Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo? Não, nem em mim... Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando? Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas - Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -, E quem sabe se realizáveis, Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente? O mundo é para quem nasce para o conquistar E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão. Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez. Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo, Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu. Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda, Ainda que não more nela; Serei sempre o que não nasceu para isso; Serei sempre só o que tinha qualidades; Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta, E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira, E ouviu a voz de Deus num poço tapado. Crer em mim? Não, nem em nada. Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo, E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha. Escravos cardíacos das estrelas, Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama; Mas acordamos e ele é opaco, Levantamo-nos e ele é alheio, Saímos de casa e ele é a terra inteira, Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.


(Come chocolates, pequena; Come chocolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates. Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria. Come, pequena suja, come! Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes! Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho, Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)


Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei A caligrafia rápida destes versos, Pórtico partido para o Impossível. Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas, Nobre ao menos no gesto largo com que atiro A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas, E fico em casa sem camisa.


(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas, Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva, Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta, Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida, Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua, Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais, Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê - Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire! Meu coração é um balde despejado. Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco A mim mesmo e não encontro nada. Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta. Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam, Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam, Vejo os cães que também existem, E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo, E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)


Vivi, estudei, amei e até cri, E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu. Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira, E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses (Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso); Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente


Fiz de mim o que não soube E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime.


Essência musical dos meus versos inúteis, Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse, E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte, Calcando aos pés a consciência de estar existindo, Como um tapete em que um bêbado tropeça Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.


Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta. Olho-o com o deconforto da cabeça mal voltada E com o desconforto da alma mal-entendendo. Ele morrerá e eu morrerei. Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos. A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também. Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta, E a língua em que foram escritos os versos. Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu. Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,


Sempre uma coisa defronte da outra, Sempre uma coisa tão inútil como a outra, Sempre o impossível tão estúpido como o real, Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície, Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.


Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?) E a realidade plausível cai de repente em cima de mim. Semiergo-me enérgico, convencido, humano, E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.


Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos. Sigo o fumo como uma rota própria, E gozo, num momento sensitivo e competente, A libertação de todas as especulações E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.


Depois deito-me para trás na cadeira E continuo fumando. Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.


(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira Talvez fosse feliz.) Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela. O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?). Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica. (O Dono da Tabacaria chegou à porta.) Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me. Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.



Álvaro de Campos, 15-1-1928 Poema que a minha amiga Thaís me mandou e eu gostei muito! beijos =*

terça-feira, 25 de maio de 2010

Filosofia - Perspectiva

Hoje eu dei adeus a uma das pessoas que realmente sabe como fazer com que as pessoas pensem. Que sintam a necessidade de mudança, conhecimento e de vida...Querido Prof° Márcio.
Mesmo que ele não tenha o conhecimento do quanto foi querido para mim, ele sim foi um dos professores que realmente me ensinou, fez avivar-se em mim algo que eu tinha deixado de canto, deixado se empueirar no meu sub consciente.
Por outro lado, conhessemos também hoje uma pessoa que fará com que tenhamos dias melhores também, aulas deveras cheias de pensar, conhecimento, perspectivas, a Cristina maravilhosa (risos).
É...
Estou dizendo sem dizer, mas a Filosofia é uma das matérias ricas e importantes que os alunos sempre descartam nas escolas. Afim de conversar, saber sobre as fofocas, sobre o gatinho novo. Eles saem perdendo!
Como a História que nos conta fatos e acontecimentos marcantes extremamente importantes para o futuro. A Filosofia nos ensina a ser melhor, diferente, escolher caminhos pelos quais são reias, verdadeiros. Tudo na vida tem filosofia, tem arte, matemática, quimica, fisíca, biologia e geografia.
Apaixona-te pela busca da grandiosa riquesa que é o conhecimento e será com certeza uma pessoa melhor!

                Conheça-te a ti mesmo - Sécrates
             ...e conhecerás o mundo!

Busque o SER
antes de querer TER.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Abraços...



Harry e eu, estamos falando de abraços, parece que ele simplesmente adivinhou que eu estava precisando de alguns.
Mas no entanto continuamos só falando sobre abraços...
Em como abraços são bons!

 Abraços são com certeza muito gostosos e confortantes, mas como eu disse ao Harry:
- Nada como o abraço de quem agente gosta.
E ele afirmou.

Seria bom, ainda sentir aqueles braços, eu realmente me sentia protegida, era melhor que qualquer palavra, qualquer frase, beijo ou promeça!

Seria bom, sentir-me protegida novamente.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Poema de Vinicius...

Receita de mulher
As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança,
qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize
elegantemente em azul,
como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso
que súbito tenha-se a
impressão de ver uma
garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só
encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas
que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso,
é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que
umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas,
e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras:
uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário.
É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.